DESIGUALDADES NAS TRANSIÇÕES PARA A VIDA ADULTA NO BRASIL (1996 E 2008)
Este artigo analisa desigualdades nas transições para a vida adulta no Brasil nas décadas de 1990 e 2000. Três transições são analisadas: saída da escola e entrada no mercado de trabalho, casamento e formação de um domicílio independente, e nascimento do primeiro filho. As análises apresentadas indicam que houve uma diminuição das desigualdades socioeconômicas nos padrões de transição, ou seja, a diferença nos padrões de transição de jovens cujos pais tinham condições socioeconômicas distintas diminuíram. A principal força equalizadora foi a expansão do sistema educacional que ocorreu ao longo das décadas de 1980, 1990 e 2000. As diferenças de gênero também diminuíram. Apesar destas mudanças ainda há fortes desigualdades relacionadas ao momento do ciclo de vida em que os jovens fazem as transições.